A vacina HPV protege contra um vírus que pode causar verrugas genitais e até mesmo lesões que podem evoluir para o câncer. Continue a leitura para saber os tipos de vacina, quem deve tomar e os riscos do HPV.
O que é o HPV?
A sigla HPV refere-se ao papilomavírus humano, um grupo de vírus que pode causar infecções na pele e nas mucosas de homens e mulheres. Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV, classificados em duas categorias:
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Baixo risco: inclui os tipos 6 e 11, que têm menor probabilidade de causar lesões que vão evoluir para câncer.
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Alto risco: engloba tipos como 16 e 18, que estão associados a lesões com maior risco de evoluírem para tumores malignos, sendo responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer relacionados ao HPV.
Vacina HPV: o que é e para que serve?
A vacina HPV é a imunização que protege contra o papilomavírus humano (HPV). Ela é eficaz na prevenção de lesões pré-cancerosas em mulheres, afetando o colo do útero, vulva e vagina. Além disso, ajuda a reduzir a incidência de verrugas genitais causadas pelos tipos 6 e 11 do vírus em ambos os sexos.
A Anvisa aprovou duas vacinas contra o HPV: a vacina quadrivalente e a vacina nonavalente.
A vacina quadrivalente oferece proteção contra quatro tipos do vírus: 6, 11, 16 e 18. Os tipos 6 e 11 são responsáveis pelas verrugas genitais, enquanto os tipos 16 e 18 estão relacionados ao desenvolvimento de cânceres no colo do útero, vagina, vulva, pênis e canal anal.
Já a vacina nonavalente é mais abrangente, oferecendo proteção contra nove tipos de HPV: 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58.
Quem pode tomar a Vacina HPV?
A vacina contra o HPV quadrivalente está disponível na rede pública para:
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Dose única para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos.
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Dose única para adolescentes de 15 a 19 anos nunca vacinados.
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Imunocomprometidos: três doses para pessoas de 9 a 45 anos.
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Pessoas de 9 a 45 anos vítimas de abusos sexuais não vacinadas ou com o esquema vacinal incompleto (duas doses de 9 a 14 anos ou três doses de 15 a 45 anos).
Já a vacina HPV nonavalente está disponível na rede privada para homens e mulheres de 9 a 45 anos.
Em quantas doses a Vacina HPV é aplicada?
A vacina HPV4 deve ser aplicada em:
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Meninos e meninas de 9 a 14 anos: dose única.
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Vítimas de violência sexual entre 9 e 45 anos: de acordo com a recomendação prevista em bula para a faixa etária:
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9 a 14 anos: duas doses;
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A partir de 15 anos: três doses, com intervalos de dois meses entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira doses (esquema 0 - 2 – 6 meses);
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Pessoas com esquema incompleto deverão completá-lo;
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Pessoas com papilomatose recorrente a partir de 2 anos de idade: três doses (esquema 0 - 2 – 6 meses);
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Pessoas de até 45 anos nas seguintes condições: convivendo com HIV/Aids; pacientes oncológicos em quimioterapia e/ou radioterapia; transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea, com imunodeficiência primária ou erro inato da imunidade. O esquema é de três doses (0 – 2 – 6 meses), independentemente da idade.
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Usuários de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) para o HIV não vacinados de 15 a 45 anos: três doses (0 – 2 – 6 meses). Pessoas com esquemas incompletos deverão completar esquema de três doses.
Já a Vacina HPV9 deve ser aplicada de acordo com a idade do início da vacinação:
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Meninas e meninos de 9 a 19 anos: duas doses, com seis meses de intervalo (0-6 meses).
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A partir de 20 anos: três doses (0-2-6 meses).
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Imunodeprimidos de 9 a 45 anos, independentemente da idade: três doses (0-2-6 meses).
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Papilomatose recorrente, em qualquer idade: três doses (0-2-6 meses).
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Vítimas de violência sexual: esquema recomendado para a idade.
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Indivíduos que iniciam a vacinação antes de completar 20 anos devem receber duas doses.
Como ocorre a transmissão do HPV?
A principal forma de transmissão do HPV é por meio do contato com mucosas ou pele contaminadas, principalmente durante a relação sexual. Por isso, é considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST) bastante comum.
Sintomas
Os sintomas de HPV mais comuns são:
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Verrugas genitais, ou seja, pequenas protuberâncias na área genital, com aparência semelhante a cristas ou espinhos.
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Lesões orais.
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Alterações no colo do útero: lesões pré-cancerosas podem ser detectadas em exames de papanicolau, geralmente sem sintomas visíveis.
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Sangramento vaginal anormal, dor durante o sexo, e mudanças nas secreções vaginais em casos de câncer de colo de útero.
Riscos do HPV
O HPV pode causar diversos riscos para a saúde, dependendo do tipo de vírus. Entre os principais estão as verrugas genitais, que podem causar desconforto, e lesões pré-cancerosas no colo do útero, vulva, vagina, pênis ou ânus, que podem evoluir para câncer se não forem tratadas.
Além disso, o HPV está associado a vários tipos de câncer, incluindo colo do útero, anal, vulvar, vaginal, peniano e orofaríngeo.
Diferenças entre a vacina quadrivalente e a vacina hpv nonavalente
A vacina quadrivalente e a vacina nonavalente contra o HPV oferecem proteções distintas.
A vacina quadrivalente protege contra quatro tipos de HPV: 6, 11, 16 e 18. Os tipos 6 e 11 são responsáveis pela maioria das verrugas genitais, enquanto os tipos 16 e 18 estão associados ao desenvolvimento de cânceres cervicais e outros tipos de câncer genital.
Já a vacina nonavalente oferece proteção contra nove tipos de HPV: 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58. Portanto, a vacina nonavalente proporciona uma proteção mais ampla e abrangente, reduzindo ainda mais o risco de câncer cervical e outras formas graves de câncer associadas ao HPV, além de prevenir verrugas genitais.
No entanto, ambas as vacinas são eficazes na prevenção de doenças relacionadas ao HPV.
É importante ressaltar que as vacinas não são produzidas com o vírus vivo, e sim com proteínas das superfícies do vírus. Portanto, não é capaz de causar infecção nos pacientes.
Vacina HPV: preço e onde tomar no Rio de Janeiro
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Autora: Dra. Maria Isabel de Moraes-Pinto, infectopediatra e médica consultora em vacinas da Dasa.