Sintomas de pressão alta e causas: Entenda os sinais do seu corpo e o que fazer

sintomas de pressão alta


Autor: Dr. Fabrício Assami Borges
Médico cardiologista 

 

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Os sintomas de pressão alta não aparecem com frequência, uma vez que diversos pacientes não reportam sinais mesmo apresentando a condição. 

Consultas periódicas com o seu médico e verificação frequente são as principais maneiras de diagnosticar a doença e realizar um tratamento eficaz de controle.

 

Sintomas de pressão alta: quais são?

A maioria dos casos são assintomáticos, ou seja, não causam sintomas. Já algumas pessoas podem relatar:

  • Dor de cabeça, principalmente na região da nuca;
  • Tontura;
  • Mal-estar;
  • Aparecimentos de escotomas cintilantes (pontos brilhantes na visão)
  • Náuseas;
  • Vômitos.

Possíveis causas da hipertensão

A pressão alta ou hipertensão arterial sistêmica é uma doença crônica que tem múltiplas causas. Dentre as principais, podemos citar a genética, sedentarismo, excesso de consumo de sal, obesidade, consumo excessivo de álcool, diabetes e tabagismo.

Determinadas doenças dos rins, da supra renal, da tireoide, tumores e determinados medicamentos, entre eles corticoides, anti-inflamatórios e quimioterápicos, também podem causar a pressão alta.

Pressão alta tem cura?

Apesar de existirem várias formas para um controle, ela não tem cura. Além disso, cerca de 80% dos hipertensos em todo mundo não tem o controle adequado da doença.

Quais os riscos da pressão alta se não tratada?

Se não tratada adequadamente, há alguns riscos associados a pressão alta como AVC, infarto, complicações na gestação e na terceira idade e outros.

Pressão alta pode resultar em AVC?

Sim, a condição aumenta de forma significativa o risco de AVC e de infarto.

A pressão aumentada sobre os vasos sanguíneos causa uma agressão contínua, levando ao aumento do risco tanto do AVC isquêmico (por interrupção da chegada de sangue em determinada área do cérebro) quanto do AVC hemorrágico, ambos bastante graves.

Sintomas de pressão alta na gravidez

A hipertensão na gravidez pode se apresentar desde piora dos valores pressóricos de uma mulher hipertensa crônica até o aparecimento da hipertensão durante a gravidez.

As alterações são mais frequentes no terceiro trimestre de gestação e devem ser acompanhados de perto pelo obstetra e cardiologista.  

Importante ressaltar que diversas medicações para hipertensão não podem ser usadas nesse período por riscos relacionados ao feto. O controle deve ser rigoroso para evitar riscos de complicações tanto para a mãe quanto para o bebê.

Em casos mais graves, chegando a pré-eclâmpsia ou eclâmpsia, há necessidade de internação, muitas vezes em ambiente de terapia intensiva, para controle com medicações intravenosas. Além disso, o parto precisa ser antecipado por questões de segurança materno fetal.

 

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Pressão alta emocional e por ansiedade

A elevação da pressão arterial relacionada ao estresse ou ansiedade geralmente tem um gatilho bem definido de um acontecimento de intenso abalo emocional. Pode vir associada a palpitações, inquietação ou sudorese nas mãos, e hiperventilação (respiração rápida).

Esse quadro geralmente é auto limitado do ponto de vista de pressão arterial, sendo também chamado de pseudocrise hipertensiva com os valores pressóricos retornando aos normais após o paciente se acalmar. Eventualmente, faz-se necessário uso de medicações para esse fim.

Na imensa maioria das vezes, não é necessário o uso de medicações para controle da pressão, pois, controlando a causa, os valores tendem a normalizar.

Leia também nosso artigo sobre gastrite nervosa.

Pressão alta em idosos

A prevalência de hipertensão arterial tem uma correlação direta com a idade, ou seja, à medida que a população envelhece, é mais comum apresentar pressão alta.

Assim como nos mais jovens, a presença de sintomas é extremamente incomum. Dessa forma, a única maneira de diagnosticar é fazendo as aferições nas consultas de rotina.

Uma característica comum da hipertensão na população mais idosa é que, com o passar dos anos, existe um progressivo enrijecimento dos vasos, tornando-se mais frequente a hipertensão sistólica isolada, entidade em que os valores da pressão arterial são mais divergentes, muitas vezes tendo uma pressão sistólica (“máxima) elevada com a pressão diastólica (“mínima”) dentro dos valores normais.

Importante ressaltar que, de uma forma geral, os valores de controle adequado da pressão na população idosa recomendados são iguais aos da população mais jovem, não havendo o que antigamente se chamava de “normal para a idade”.

Existem casos específicos em que podem ser tolerados valores um pouco mais elevados, mas eles são a exceção. É importante conversar com seu cardiologista sobre isso.

O que fazer para abaixar a pressão?

Temos várias formas de prevenir e de tratar a pressão alta, independente de uso ou não de medicamentos.

  • Atividade física regular: recomendada atividade aeróbica entre 150 – 300 min por semana;
  • Controle adequado do peso: obesidade aumenta risco de hipertensão e dificulta seu controle;
  • Reduzir o consumo de álcool;
  • Não fumar;
  • Evitar auto medicação: por exemplo, uso frequente de anti-inflamatórios ou corticoides aumentam o risco de hipertensão;
  • Manter uma alimentação saudável;
  • Se estiver usando medicações para hipertensão, é importante que as tome regularmente conforme prescrição médica.

Quando a pressão alta é preocupante? 

A hipertensão é uma doença crônica que geralmente não ocasiona sintomas. Então, o diagnóstico depende de aferições regulares. Por isso, é tão importante que sejam realizadas as consultas de rotina com seu cardiologista.

Qualquer valor acima do normal (≥ 140/90mmHg) é preocupante, pois, a longo prazo, pode levar a lesões; não só aumentando o risco de AVC, mas também de infarto e doença renal crônica, incluindo necessidade de diálise, e alterações na retina. Vale ressaltar que em alguns grupos, como pacientes que já apresentam doença nos rins e tem diabetes, os valores considerados normais são ainda mais baixos.

Valores muito elevados (≥ 180/110mmHg) exigem uma atenção imediata para controle, sendo necessário acompanhamento médico próximo.

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