Autoras: Dra. Carmen Lúcia Arantes Pereira Azevedo e Dra. Ciça Maria Delbons Bastos Araújo Guimarães, médicas radiologistas e coordenadoras de Ultrassonografia da Dasa
O ultrassom é um método diagnóstico amplamente difundido na medicina. Trata-se de um procedimento seguro, de baixo custo, não invasivo e que, por não usar radiação ionizante, pode ser repetido quantas vezes for necessário.
Ultrassom: o que é e para que serve?
Conhecido também como ultrassonografia (USG) ou ecografia, o ultrassom é um exame de imagem que permite analisar praticamente todas as regiões do corpo. Ele serve para avaliar principalmente estruturas de partes moles, incluindo a pele, e órgãos internos.
As imagens são visualizadas e interpretadas pelo médico ultrassonografista em tempo real. Entre as informações obtidas por meio deste exame, estão: o tamanho, a forma e a consistência de uma estrutura, bem como a distância entre a estrutura em análise e a pele.
Como o exame de ultrassom é feito?
O ultrassom é realizado em um equipamento que emite e capta ondas sonoras não audíveis. Isso é feito com o auxílio do transdutor, uma pequena sonda que, durante o procedimento, é deslizada na pele do paciente recoberta com um gel condutor.
Tais ondas sonoras penetram no corpo e retornam como ecos, que são captados e transformados em imagens.
Quando o exame de ultrassom é indicado?
O ultrassom é indicado em diversas situações, sendo utilizado tanto para diagnosticar e acompanhar doenças quanto para guiar procedimentos intervencionistas (biópsias e cirurgias, por exemplo).
Esse exame pode ser solicitado por médicos de diferentes especialidades, como:
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Endocrinologia;
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Ortopedia;
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Reumatologia;
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Mastologia;
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Ginecologia;
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Obstetrícia;
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Cardiologia.
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Principais tipos de ultrassom
Os principais tipos de ultrassom são:
Ultrassom de abdome total
O ultrassom de abdome total permite avaliar uma série de doenças, incluindo esteatose hepática (gordura no fígado), cálculos na vesícula, nos rins ou na bexiga, infecções e tumores abdominais ou pélvicos.
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Ultrassom pélvico e ultrassom transvaginal
O ultrassom pélvico e o ultrassom vaginal são utilizados para investigar o útero, os ovários e as trompas.
Esses exames podem ser úteis em casos de cistos, miomas, infecções, endometriose, tumores, gravidez ectópica, entre outras condições.
Ultrassom da próstata
O ultrassom da próstata consegue identificar, por exemplo, aumento de volume, infecções e tumores dessa glândula.
Ultrassom das mamas
O ultrassom das mamas é capaz de detectar alterações como nódulos e cistos.
Ele é importante para o diagnóstico do câncer de mama – sendo utilizado como método suplementar à mamografia, que tem maior sensibilidade para este fim.
Ultrassom de partes moles ou estruturas superficiais
O ultrassom das partes moles ou estruturas superficiais avalia tecidos moles superficiais (como a pele e o tecido celular subcutâneo), auxiliando na detecção de cistos, tumores e hérnias.
Ultrassom obstétrico
O ultrassom obstétrico é realizado em todo o acompanhamento pré-natal da gestação, mostrando aspectos como morfologia fetal, batimentos cardíacos, placenta e líquido amniótico.
Ultrassom morfológico
O ultrassom morfológico é um tipo de ultrassom obstétrico destinado a avaliar detalhadamente todas as estruturas fetais, podendo demonstrar possíveis malformações, além de também permitir a análise da placenta, do volume do líquido amniótico e do bem-estar fetal.
Preparo para o exame de ultrassom
Algumas modalidades de ultrassom exigem um preparo específico para que haja uma avaliação adequada do organismo. Por isso, antes de realizar o exame, é importante sempre checar as instruções fornecidas pelo laboratório.
No caso da ultrassonografia abdominal, por exemplo, o paciente precisa estar em jejum.
Para as ultrassonografias abdominal total, pélvica e da próstata, é necessário tomar quatro copos de água cerca de uma hora antes do exame.
Exames que podem complementar o ultrassom
Em geral, os exames que auxiliam a complementar o ultrassom são a tomografia computadorizada e a ressonância magnética.
Porém, cada situação deve ser avaliada individualmente por um médico para garantir que realmente existe necessidade e indicação para a realização de tais exames.
Ambos são de alto custo e mais demorados do que o ultrassom, além de que a tomografia computadorizada envolve radiação ionizante.