Ressonância Magnética: como funciona?

ressonância magnética

Autor: Dr. Fernando Ide Yamauchi, coordenador do time de Radiologia Abdominal e o núcleo de segurança do setor Ressonância Magnética do Delboni Medicina Diagnóstica da Dasa

 

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Exame desempenha um papel fundamental no diagnóstico de diversas doenças  

A ressonância magnética (RM) é um exame de imagem que por meio de um grande campo magnético e ondas de radiofrequência permitem gerar imagens detalhadas do interior do corpo humano.    

Com bobinas de superfície para diversos segmentos do corpo, a RM desempenha um papel fundamental no diagnóstico de diversas doenças. 

 

Para que serve a Ressonância magnética? 

A ressonância magnética é um exame não invasivo que tem a finalidade de detecção, diagnóstico e acompanhamento de doenças.

Ela permite avaliar os órgãos e tecidos do corpo humano, gerando imagens de alta resolução. 

 

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Tipos de Ressonância magnética 

Existem diversos segmentos do corpo que podem ser analisados pela ressonância magnética. A seguir, conheça algumas aplicações delas. 

 

 Ressonância magnética do crânio 

A ressonância magnética do crânio permite uma análise minuciosa das estruturas de dentro da cabeça, como o cérebro, tronco cerebral, nervos cranianos e vasos sanguíneos.

Essa técnica é utilizada para o diagnóstico e acompanhamento de diversas condições médicas, tais como: 

  • AVC (Acidente vascular cerebral); 

  • Tumores cerebrais; 

  • Esclerose múltipla, uma doença autoimune que afeta o sistema nervoso central; 

  • Lesões traumáticas no crânio, como fraturas e contusões; 

  • Infecções cerebrais; 

  • Aneurismas; 

  • Malformações arteriovenosas, que são conexões anormais entre as artérias e veias no cérebro. 

 

Para realizar o exame, o paciente deita-se em uma maca que é deslocada para o interior de um grande dispositivo circular (uma espécie de tubo), conhecido como “magneto”.

É crucial que a pessoa permaneça completamente imóvel durante o exame para garantir a qualidade das imagens. 

 

Ressonância magnética pelve 

Com o exame, é possível detectar uma variedade de condições relacionadas às estruturas pélvicas, ou seja, de toda a área do corpo abaixo do abdômen e entre os quadris.

A ressonância magnética da pelve fornece informações para diagnósticos precisos e potenciais tratamentos, tanto para homens quanto para mulheres.  

Entre as principais condições que a ressonância magnética da pelve pode identificar estão:  

  • Miomas uterinos: ajuda na detecção e caracterização de miomas no útero, possibilitando uma compreensão mais exata de onde estão, quanto medem e como se relacionam com outras estruturas para um eventual planejamento cirúrgico. 

  • Endometriose: é capaz de validar o diagnóstico da endometriose e também oferecer detalhes sobre a extensão da condição, também informações cruciais em casos de planejamento cirúrgico. 

  • Cistos ovarianos: determina se eles são de origem benigna ou potencialmente maligna. 

  • Câncer de próstata: é possível detectar neoplasias de próstata de forma complementar ao estudo do PSA. Também pode ser usado para mapear eventuais áreas para a biópsia, além de ser usado para acompanhamento de lesões indolentes. 

 

Durante o exame, o paciente deve ficar imóvel no interior de um tubo conhecido como magneto. Podem ser administrados medicamentos intravenosos e contraste venoso para obter imagens detalhadas. 

 

Ressonância magnética coluna lombar 

A ressonância magnética da coluna lombar oferece uma visão detalhada e precisa das estruturas internas da coluna vertebral.

Por meio de um campo magnético forte e ondas de radiofrequência, são criadas imagens que podem incluir: 

  • Estruturas ósseas 

  • Discos intervertebrais, sendo as estruturas entre as vértebras da coluna 

  • Nervos 

  • Músculos 

  • Tecidos moles da coluna, como músculos, ligamentos, tendões, cartilagens e tecido adiposo ao redor da coluna 

 

É utilizado para detectar uma variedade de condições, tais como: 

  • Hérnia de disco, que envolve o deslocamento ou ruptura dos discos intervertebrais que podem comprimir os nervos e causar dor. 

  • Espondilolistese, caracterizada pelo escorregamento de uma vértebra sobre a outra, geralmente causada por fraturas ou degeneração dos discos intervertebrais. 

  • Estenose do canal vertebral, ou seja, a diminuição do espaço dentro do canal vertebral, muitas vezes causada por osteoartrite, hérnias de disco ou crescimento ósseo anormal, e resultando em compressão dos nervos e da medula espinhal. 

  • Tumores, tanto primários (na coluna) quanto metastáticos (quando se espalham de órgãos de origem para a coluna). 

  • Infecções, que podem se manifestar como abscessos ou inflamações na coluna. 

  • Fraturas na coluna vertebral, incluindo fraturas por compressão, por estresse ou patológicas. 

 

Ressonância Magnética do Coração 

Também conhecida como ressonância magnética cardíaca, a ressonância magnética do coração é um exame que dura em média 40 minutos e é realizado para identificar diversas condições cardíacas, tais como: 

  • Infarto do miocárdio 

  • Viabilidade do miocárdio 

  • Etiologia de cardiomiopatias, incluindo miocardite viral 

  • Sarcoidose 

  • Doença de Chagas 

  • Amiloidose 

  • Endomiocardiofibrose 

  • Cardiomiopatias hipertróficas 

 

Ressonância magnética campo aberto 

Trata-se de uma variação da RM que possui um design do magneto mais aberto e espaçoso, tornando-a mais confortável para pacientes que podem sentir claustrofobia em equipamentos tradicionais, geralmente mais estreitos e fechados.

No entanto, esses equipamentos oferecem menor potência do campo magnético e, portanto, imagens de qualidade inferior. 

Em comparação com modelos tradicionais. A escolha entre eles depende das necessidades clínicas do paciente.

Vale ressaltar que em casos extremos de claustrofobia, o exame de RM pode ser realizado sob sedação. 

 

Quando a Ressonância magnética é indicada? 

O exame é recomendado com base nos sintomas individuais de cada paciente e conforme a orientação médica.  

Sendo assim, a decisão de quando realizar o exame e a frequência de repeti-lo deve ser determinada pelo seu médico, levando em consideração diversos fatores.

Alguns podem precisar de monitoramento regular, enquanto outros, não. 
 
Para conhecer sua condição de saúde, prevenir doenças ou detectá-las de maneira precoce, é fundamental um acompanhamento com um profissional de confiança e a realização do check-up médico de forma rotineira. 
 
Nesse checkup poderão constar outros exames além da ressonância magnética, como a densitometria óssea e a mamografia. Mas só o médico pode avaliar quais são necessários e em qual fase da vida. 
 

O que é e para que serve o contraste na RM? 

O contraste da ressonância magnética é uma substância à base de gadolínio, usada em alguns casos para melhorar a visualização das áreas que estão sendo examinadas, realçando as estruturas vasculares e os tecidos.  

Sua utilização é segura e administrada por via endovenosa antes do procedimento.

Vale ressaltar que é importante informar à equipe médica sobre quaisquer reações alérgicas ao contraste em exames anteriores. 

 

Qual diferença entre a ressonância magnética e a tomografia? 

A tomografia se utiliza de um feixe de raio-X e, portanto, se enquadra na categoria das radiações ionizantes.

Deve ser evitada durante a gestação, e uso deve ser racional nas demais condições clínicas.

É muito utilizada em pacientes críticos internados, por ser um exame muito mais rápido.  

Já a ressonância magnética não possui radiação ionizante. Gera imagens a partir de um grande magneto (espécie de ímã) e ondas de radiofrequência.

É capaz de caracterizar tecidos em grande detalhe, mas é um exame mais demorado e dependente da colaboração do paciente. 

 

Preparação para o exame 

Para se preparar para um exame de ressonância magnética, é importante seguir algumas orientações: 

  • Evite comer ou beber pelo menos duas horas antes do exame, especialmente antes de uma ressonância na região abdominal ou pélvica. 

  • Vá ao banheiro antes do exame para evitar interrupções durante o procedimento (exceto se o objetivo do estudo for avaliar a região pélvica). 

  • Devido ao campo magnético, é essencial entrar na sala de exames sem nenhum objeto metálico, como brincos, relógios, piercings, pulseiras, etc. 

  • Dispositivos implantados no corpo como marcapassos, clipes de aneurismas e próteses devem ser informadas antes do procedimento para avaliar a segurança. De preferência, tenha em posse a marca e modelo do dispositivo para que o médico possa consultar. 

 

Vale ressaltar que, em alguns casos, pode ser necessário o uso de contraste para melhorar a visualização de certas estruturas ou órgãos. 

 

Onde Agendar Ressonância Magnética? 

Para consultar preços, obter mais informações sobre os exames de ressonância magnética e localizar o laboratório mais próximo da sua região, basta acessar o Nav Dasa

 

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